Sustentabilidade - Diversidde














Nos ecossistemas, o papel da diversidade está estreitamente ligado à estrutura em rede do sistema. Um ecossistema diversificado será flexível, pois contém muitas espécies com funções ecológicas sobrepostas que podem, parcialmente, substituir umas às outras. Quando uma determinada espécie é destruída por uma perturbação séria, de modo que um elo da rede seja quebrado, uma comunidade diversificada será capaz de sobreviver e de se reorganizar, pois outros elos da rede podem, pelo menos parcialmente, preencher a função da espécie destruída. Em outras palavras, quanto mais complexa for a rede, quanto mais complexo for o seu padrão de interconexões, mais elástica ela será.

Nos ecossistemas, a complexidade da rede é uma conseqüência da sua biodiversidade e, desse modo, uma comunidade ecológica diversificada é uma comunidade elástica. Nas comunidades humanas, a diversidade étnica e cultural pode desempenhar o mesmo papel. Diversidade significa muitas relações diferentes, muitas abordagens diferentes do mesmo problema. Uma comunidade diversificada é uma comunidade elástica, capaz de se adaptar a situações mutáveis.

No entanto, a diversidade só será uma vantagem estratégica se houver uma comunidade realmente vibrante, sustentada por uma teia de relações. Se a comunidade estiver fragmentada em grupos e em indivíduos isolados, a diversidade poderá, facilmente, tornar-se uma fonte de preconceitos e de atrito. Porém, se a comunidade estiver ciente da interdependência de todos os seus membros, a diversidade enriquecerá todas as relações e, desse modo, enriquecerá cada um dos seus membros, bem como a comunidade como um todo. Nessa comunidade, as informações e as idéias fluem livremente por toda a rede, e a diversidade de interpretações e de estilos de aprendizagem - até mesmo a diversidade de erros - enriquecerá toda a comunidade.

Ponto de Continuação: São estes, então, alguns dos princípios da ecologia - interdependência, reciclagem, parceria, flexibilidade, diversidade e, como conseqüência de todos estes, sustentabilidade. A sobrevivência da humanidade dependerá de nossa alfabetização ecológica, da nossa capacidade para entender esses princípios da ecologia e viver em conformidade com eles.

Design e Sociedade volta em breve.

"Somos todos iguais, braços dados ou não" [Geraldo Vandré - Pra não dizer que não falei das flores]

Sustentabilidade - Flexibilidade





















A flexibilidade de um ecossistema é uma conseqüência de seus múltiplos laços de realimentação, que tendem a levar o sistema de volta ao equilíbrio sempre que houver um desvio com relação à norma, devido a condições ambientais mutáveis. Por exemplo, se um verão inusitadamente quente resultar num aumento de crescimento de algas num lago, algumas espécies de peixes que se alimentam dessas algas podem prosperar e se proliferar mais, de modo que seu número aumente e eles comecem a exaurir a população das algas. Quando sua principal fonte de alimentos for reduzida, os peixes começarão a desaparecer. Com a queda da população dos peixes, as algas se recuperarão e voltarão a se expandir. Desse modo, a perturbação original gera uma flutuação em torno de um laço de realimentação, o qual, finalmente, levará o sistema peixes/algas de volta ao equilíbrio.

Perturbações desse tipo acontecem o tempo todo, pois o meio ambiente está sempre mudando, o que leva a uma transformação contínua. Todas as variáveis que podemos observar num ecossistema - densidade populacional, disponibilidade de nutrientes, padrões meteorológicos, e assim por diante - sempre flutuam. É desse maneira que os ecossistemas se mantêm num estado flexível, prontos para se adaptar a novas condições. A teia da vida é uma rede flexível e sempre flutuante. Quanto mais variáveis forem mantidas em flutuação, mais dinâmico será o sistema, maior será a sua flexibilidade e maior será sua capacidade para se adaptar.

O princípio da flexibilidade também sugere uma estratégia correspondente para a resolução de conflitos. Em toda comunidade haverá, invariavelmente, contradições e conflitos, que não podem ser resolvidos em favor de um ou outro lado. Por exemplo, a comunidade precisará de estabilidade e de mudança, de ordem e de liberdade, de tradição e de inovação. Esses conflitos inevitáveis são muito mais bem-resolvidos estabelecendo-se um equilíbrio dinâmico, em vez de decisões rígidas. A alfabetização ecológica inclui o conhecimento de que ambos os lados de um conflito podem ser importantes, dependendo do contexto, e que as contradições no âmbito de uma comunidade são sinais de sua diversidade e de sua vitalidade e, desse modo, contribuem para a viabilidade do sistema.

"Um Olhar atento sobre o comportamento das plantas e os instintos dos animais podem nos ensinar a viver em harmônia novamente." [Ramon Smith]

Sustentabilidade - Parceria




















Depois de um longo tempo sem postar nada no Design e Sociedade estou de volta para continuarmos sobre um assunto muito pertinente para nós Designrs e para nós Seres Humanos.

Vamos falar de Parceria, um pilar muito importante para tentarmos criar soluções inovadoras no mundo do Design. A parceria é uma característica essencial das comunidades sustentáveis. Num ecossistema, os intercâmbios cíclicos de energia e de recursos são sustentados por uma cooperação generalizada. Na verdade, vimos que, desde a criação das primeiras células nucleadas há mais de dois bilhões de anos, a vida na Terra tem prosseguido por intermédio de arranjos cada vez mais intrincados de cooperação e de coevolução. A parceria - a tendência para formar associações, para estabelecer ligações, para viver dentro de outro organismo e para cooperar - é um dos 'certificados de qualidade' da vida.

Nas comunidades humanas, parceria significa democracia e poder pessoal, pois cada membro da comunidade desempenha um papel importante. Combinando o princípio da parceria com a dinâmica da mudança e do desenvolvimento, também podemos utilizar o termo 'coevolução' de maneira metafórica nas comunidades humanas. À medida que uma parceria se processa, cada parceiro passa a entender melhor as necessidades dos outros. Numa parceria verdadeira, confiante, ambos os parceiros aprendem e mudam - eles coevoluem. Aqui, mais uma vez, notamos a tensão básica entre o desafio da sustentabilidade ecológica e a maneira pela qual nossas sociedades atuais são estruturadas - a tensão entre economia e a ecologia. A economia enfatiza a competição, a expansão e a dominação; ecologia enfatiza a cooperação, a conservação e a parceria.

Os princípios da ecologia mencionados até agora - a interdependência, o fluxo cíclico de recursos, a cooperação ou a parceria - são, todos eles, diferentes aspectos do mesmo padrão de organização. É desse modo que os ecossistemas se organizam para maximizar a sustentabilidade. Uma vez que entendemos esse padrão, podemos fazer perguntas mais detalhadas. Por exemplo, qual é a elasticidade dessas comunidades ecológicas? Como reagem a perturbações externas? Essas questões nos levam a mais dois princípios da ecologia - flexibilidade e diversidade - que permitem que os ecossistemas sobrevivam a perturbações e se adaptem a condições mutáveis.

Para concluirmos nossa idéia geral sobre Sustentabilidade nos resta falar agora sobre FLEXIBILIDADE E DIVERSIDADE, e para quem não leu os outros temas é só clicar no marcador de sustentabilidade e conferir todo o seu conteúdo. Até mais caros amigos!

Exposição interessante em Minas Gerias - Homem Natureza

Designer: por que a profissão deve ser regulamentada?




















Hoje definitivamente não é o dia do Designer, mas essa campanha foi veiculada em várias mídias (principalmente online) no dia nacional do Designer e aniversário de Aloísio Magalhães, considerado um dos maiores designers do nosso país.
Enfim vai uma materia que achei muito interesante sobre a importância da Regulamentação do Design

Assunto interessa a empresários, consumidores e ao poder público.

Por Marcos Nähr

Mais de 60 mil profissionais continuam sem um instrumento de legitimação e reconhecimento, que é a regulamentação dos designers. Desde 1980 foram submetidos cinco projetos de regulamentação ao Congresso, todos arquivados.

Interessa aos empresários
O design é uma atividade de alto risco, mas com fiscalização (criada com a regulamentação) pode garantir o melhor de um profissional reduzindo o risco ao mínimo necessário em termos de investimento. A regulamentação vai combater a má conduta profissional.

Interessa ao consumidor
Tudo o que é produzido e tem contato com o público precisa de um responsável. Sem ser regulamentado o designer não pode ser tecnicamente responsável pelo que produz. Pelo Código do Consumidor, hoje o designer não pode ser responsabilizado pelo seu projeto, mesmo que este tenha defeitos ou ocasione danos ao seu usuário.

Interessa ao poder público
Sem registro profissional pra designers, o poder público não pode “comprar design” por meio de licitação ou concorrência, seja para projetos de identidade visual, de mobiliário, de um website e outros de interesse da sociedade.

A produção de bens com design é um fator estratégico. Produtos com valor agregado significam maior arrecadação e a conquista de mercados externos. Isso já foi reconhecido pelos paises emergentes que concorrem com o Brasil nos mercados internacionais.

fonte: webinsider

Design + Ecologia = Consiência Ambiental













O design ecológico, ou “ecodesign”, é o desenvolvimento de produtos com consciência ambiental. O termo novo, mas já bastante difundido entre as empresas, se refere à busca por produtos que atendam as necessidades dos clientes produzindo o menor impacto possível.

Na prática o ecodesign funciona através do estudo detalhado do “ciclo de vida do produto”, abrangendo desde a matéria-prima e materiais, até o planejamento, desenvolvimento, produção, uso e descarte do produto. Em cada etapa devem ser considerados os impactos ambientais decorrentes e avaliadas as possibilidades de melhorias até mesmo com o desenvolvimento e emprego de novas tecnologias.

Algumas técnicas simples (ou nem tanto, dependendo do caso) aplicadas ao ecodesign são, por exemplo, a redução da quantidade de embalagens para um mesmo produto, o uso de refis e a utilização de embalagens retornáveis (como as de cerveja), são técnicas que diminuem o uso de materiais e, de quebra, o custo total do produto; a utilização de embalagens e materiais biodegradáveis e que podem ser encontrados na região para diminuir o impacto com transporte e a não utilização (se possível) de produtos químicos perigosos ou tóxicos.

O ecodesign pode buscar também, a utilização de matérias-primas provenientes de fontes sustentáveis, como por exemplo, matérias-primas proveniente do rejeito de outras indústrias (a Papelera Tucumán, na Argentina usa bagaço de cana para produzir papel), matérias-primas orgânicas (alimentos orgânicos), e matérias-primas renováveis em substituição às não-renováveis (biocombustíveis ou álcool, provenientes de matérias-primas renováveis em substituição ao petróleo).

Infoescola